Depois de as gigantes Google e Facebook anunciarem que manterão o trabalho remoto até junho/julho de 2021 e do Twitter anunciar que seus colaboradores poderão trabalhar de forma remota para sempre, chegou a vez da fintech Stripe incentivar financeiramente seus funcionários a se mudarem para cidades mais baratas e trabalharem remotamente.
Será que depois de todas essas notícias vamos finalmente aceitar o trabalho remoto como parte integral de nossas atividades?
Não é a toa que todas essas notícias vêm movimentando o mundo da tecnologia nos últimos meses. Afinal de contas, por muito tempo resistiu-se ao trabalho remoto. Esse, costumava ser ofertado como um bônus por algumas empresas: um ou dois dias – no máximo! – em casa por semana.
Empresas completamente, ou parcialmente remotas, como a Vibbra! eram coisa rara. Porém, com o Covid-19, muito rapidamente o home office deixou de ser algo cool, para se tornar o padrão – até mesmo das gigantes do setor da tecnologia.
Quais são as vantagens percebidas no trabalho remoto?
Finalmente, as grandes empresas começam a perceber as vantagens financeiras do trabalho remoto. Por que manter custos altíssimos de escritório entre algumas das cidades mais caras do mundo (como San Francisco, Nova York, São Paulo, etc), quando os colaboradores podem ser distribuídos em diferentes locações?
Levando em consideração que podemos encontrar talentos espalhados mundo afora, é possível que, pouco a pouco, esses mesmos talentos não tenham mais que se deslocar em direção as cidades caras e aglomeradas. Com isso, os custos de vida tendem a diminuir… e os salários também.
A questão salarial no trabalho remoto
Eis a parte polêmica da proposta da Stripe, pois apesar de ofertar um bônus de U$$ 20k para todos aqueles colaboradores que se mudarem para cidades mais baratas, esses mesmos funcionários deverão ver uma redução de, pelo menos, 10% em seus salários. Se isso é justo, correto, ou não, fica aberto para o debate.
A verdade é que o trabalho remoto vem balançando muito mais as estruturas dos modelos de trabalho do que imaginamos. A começar pela definição do valor de um salário. Afinal de contas, se a cidade em que a pessoa mora passa a ser “irrelevante”, os custos de vida se tornam ainda mais variáveis. Como estabelecer o valor de um salário então? Forçando seus colaboradores a enviarem registros de onde estão morando, como pretende fazer Mark Zuckerberg? Ou, definindo o valor do salário conforme o valor do trabalho desempenhado em si?
Aqui na Vibbra! cada Vibbrante, ou seja, cada profissional autônomo, define o seu valor/hora conforme suas necessidades financeiras e seu conhecimento de trabalho acumulado. Talvez uma das mudanças mais profundas do trabalho remoto vá passar pela questão salarial também, para além de fazer o trabalho se adaptar ao nosso estilo de vida – e não o contrário.