Na hora de definir a melhor estratégia para o time tech, muitos gestores de TI se deparam com a difícil escolha entre contratar um time 100% interno, 100% externo ou adotar um modelo híbrido. A resposta para essa pergunta pode variar, mas uma coisa é certa: depende dos seus objetivos e desafios atuais.
Para CEOs e CTOs que lidam com restrições orçamentárias, prazos apertados e dificuldade na contratação de talentos qualificados, a escolha do modelo de time tech pode impactar diretamente o sucesso do seu projeto e o crescimento da empresa. Neste artigo, vamos explorar os prós e contras de cada modelo, considerando os principais objetivos, como velocidade de entrega, qualidade técnica e alinhamento cultural. Ao final, você terá uma visão mais clara de qual abordagem pode ser a ideal para o seu negócio.
Objetivo 1: aumentar a velocidade de entrega do time tech
Se o seu foco é entregar projetos com rapidez, o modelo de time tech híbrido é o mais indicado.
Por que não o time 100% interno?
Equipes internas têm diversas responsabilidades que vão além do desenvolvimento em si. Há um grande tempo investido em processos internos, reuniões e na manutenção de relacionamentos dentro da empresa. Ainda que sejam interações importantes, elas podem reduzir o ritmo da equipe.
E os times 100% externos?
Software houses e consultorias podem até parecer ágeis, mas como muitas vezes atendem a múltiplos clientes ao mesmo tempo, podem acabar estendendo prazos para maximizar o LTV (valor do tempo de vida do cliente). Isso pode resultar em entregas mais lentas e atrasos em relação às expectativas iniciais. Além disso, por não estarem dedicados exclusivamente ao seu projeto, o foco no seu produto pode ser diluído.
Por que o time híbrido se destaca?
Times tech híbridos combinam o melhor dos dois mundos. Eles são compostos por profissionais externos autônomos ou squads independentes que trabalham diretamente com o time interno da empresa. Essa sinergia permite que o time externo mantenha o foco em velocidade e desempenho, enquanto o time interno agiliza processos, integrações e dá suporte técnico e de negócio. O resultado? Maior agilidade e fluidez nas entregas.
Objetivo 2: investir em qualidade técnica
Quando o assunto é qualidade técnica, a verdade é que tanto faz se o time é interno, externo ou híbrido. A qualidade do trabalho depende menos do modelo de contratação e mais da senioridade dos profissionais envolvidos, da adoção de boas práticas de desenvolvimento e de um processo de gestão bem estruturado.
O que realmente importa?
Se você quer evitar bugs e problemas em produção, precisa de uma equipe que domine práticas como testes automatizados, code reviews e integração contínua. A forma de contratação (interno, externo ou híbrido) não vai garantir isso por si só. O segredo está na escolha de profissionais qualificados e na implementação de uma gestão rigorosa para garantir qualidade do início ao fim.
Objetivo 3: garantir o alinhamento cultural
O alinhamento cultural é crucial para empresas que valorizam a integração dos valores da companhia no dia a dia dos colaboradores.
Por que o time 100% interno é o melhor nesse caso?
Equipes internas estão profundamente imersas na cultura da empresa. Eles compartilham dos mesmos valores e têm maior empatia pelos colegas, o que se traduz em um maior engajamento com todas as áreas da empresa. Times internos compreendem não só o escopo do projeto, mas o impacto que ele tem em todos os departamentos e, mais importante, na estratégia geral da organização.
Mas e o time externo?
Times 100% externos, por outro lado, raramente estão envolvidos na cultura da empresa. Eles estão focados em cumprir o escopo do projeto e, geralmente, não têm interesse ou oportunidade de se aprofundar nas questões culturais do negócio.
Como o time híbrido se comporta?
No modelo híbrido, os profissionais externos podem ser parcialmente inseridos na cultura da empresa, especialmente quando trabalham lado a lado com o time interno. Esse contato com a cultura, ainda que limitado, permite que eles tenham uma compreensão mais ampla dos valores e das expectativas da empresa, o que pode melhorar a qualidade das entregas. Contudo, esse alinhamento será sempre menos profundo do que em um time tech totalmente interno.
Na prática: Qual modelo de time tech escolher?
A escolha entre time tech interno, externo ou híbrido depende da priorização dos seus objetivos e da realidade do seu negócio.
- Se o seu foco é a velocidade de entrega, o time híbrido oferece flexibilidade e agilidade sem comprometer o controle interno sobre os processos.
- Se você quer garantir a melhor qualidade técnica, lembre-se de que a gestão eficaz e a seleção de profissionais qualificados são mais importantes do que o modelo de contratação.
- Se o alinhamento cultural é uma prioridade para você, o time 100% interno é a escolha certa, já que a imersão total na cultura da empresa promove maior engajamento e colaboração.
Conclusão: Evite extremos, busque equilíbrio
Ao longo de mais de 400 projetos e da experiência da Vibbra em mais de 1000 casos, uma coisa ficou clara: as estratégias extremistas — ou seja, optar exclusivamente por times tech 100% internos ou 100% externos— , geralmente trazem mais dores de cabeça do que soluções. Empresas que souberam equilibrar suas necessidades e alinhar seus objetivos com a estratégia de contratação alcançaram os melhores resultados.
Seja qual for o seu modelo de contratação, o segredo está em entender claramente seus objetivos e adotar uma estratégia flexível que permita ajustes conforme seu negócio evolui. O time tech certo pode fazer toda a diferença no sucesso do seu projeto.
